Voltar X CURSO DE REABILITADORES E ENCONTRO DE PAIS DE IMPLANTADOS REÚNE PARTICIPANTES DE TODO O BRASIL

O Grupo de Implante Coclear HCMUSP promoveu, nos dias 4 e 5 de outubro, dois eventos diferentes e interligados. O primeiro foi o X Curso de Reabilitadores de Pacientes Usuários de Implante Coclear do Hospital das Clínicas e o segundo, o III Encontro da Equipe de Implantes Auditivos com Pais de Crianças com Surdez.
Dois eventos promovidos pelo Grupo de Implante Coclear do HCFMUSP aconteceram nos dias 4 e 5 de outubro, no Anfiteatro da Fundação Otorrinolaringologia, em São Paulo. O primeiro foi o X Curso de Reabilitadores de Pacientes Usuários de Implante Coclear do Hospital das Clínicas e contou com palestras com oradores de várias cidades do Brasil.
“Escolhemos todos para auxiliar e dar mais ferramentas de trabalho aos participantes, através do aprendizado, técnica e experiências dos palestrantes. E a recepção foi bastante positiva”, disse a fonoaudióloga Valéria Goffi-Gomez, coordenadora das fonoaudiólogas da equipe.
Entre as palestras, destaque para Deficiência Auditiva e Desenvolvimento Cognitivo. A Privação Sensorial Pode Ser “Contornada”?, por Ana Alvarez; Reabilitação, Planejamento e Metas Terapêuticas – Se a Audição não é mais um “Problema”, o que mais Podemos Ousar, com Sandra Barreto Giorgi, Experiências na Reabilitação do Adulto com Implante Coclear, com Gisela Formigoni, E Como Fica os Adolescentes – Recém Implantados, Mundo “Diferente” do que Eles Imaginavam…, com Luísa FIicker, Considerações Sobre a Leitura e a Escrita da Criança Deficiente Auditiva, com Juliana Prass Lemes, Programação do Processador de Fala e Implicações no Processo Terapêutico, com Valéria Goffi, Sistema FM – Nossas Crianças com Melhor Acesso Auditivo ao Conteúdo Pedagógico, com Ana Tereza Mato Magalhães e Distúrbios do Espectro do Autismo e Surdez, com Cibelle Albuquerque de La Higuera Amato.
Na manhã do dia seguinte, foi a vez de A Voz e a Fala do Deficiente Auditivo. O que é Alcançado pelo Feedback Auditivo e o que Deve Ser Ajustado com a Reabilitação, por Maysa Tibério Ubrig. Verificação e Identificação de Problemas, Manutenção e Cuidados, por Paola Samuel, A Reabilitação de Pacientes Adultos Pós-linguais – Quando e Como Abordar o Treinamento Auditivo e a Leitura Orofacial, por Alexandra Dezani Soares e O papel das Músicas, Rimas e Piadas na Reabilitação das Crianças com Implante Coclear, por Beatriz Novaes.
“Foi um curso intenso. Vim em busca de novidade e encontrei várias. Fiquei encantada com a palestra da Ana Alvarez. Esse tipo de curso renova a nossa prática. Outro tema que me despertou bastante interesse foi a aula sobre adolescentes implantados. Volto para o Rio de Janeiro com mais bagagem para trabalhar”, disse a professora e fonoaudióloga do INES – Instituto Nacional de Ensino de Surdos – Mônica Campello.
Francisco José Osterne, do Grupo de Implante Coclear do Hospital do Fundão, veio com outra finalidade. “Não estou diretamente ligado à reabilitação, mas o curso foi muito interessante para melhorar a orientação aos nossos pacientes. Gostei bastante. Conhecer todo o processo dos pacientes – do início à parte final – prendeu minha atenção. A programação foi excelente!”, comentou.

Encontro de Pais de Implantados
O III Encontro da Equipe de Implantes Auditivos com Pais de Crianças com Surdez atraiu familiares de várias cidades do Brasil. Com palestras ministradas pela Profa. Dra. Valéria Goffi-Gomez, a psicóloga Heloísa Nasralla, Profa. Dra. Beatriz Novaes e a apresentação do Espaço Escuta vários pais se emocionaram e aprenderam com as experiências das fonoaudiólogas. “Eu aprendi muito. É importante participar de encontros como esse. Sempre temos dúvida em relação à educação dos nossos filhos e o que aprendemos aqui, nos dá mais segurança”, disse Neide Gomes, mãe de Isadora, de quatro anos, implantada há três, que veio de Jundiaí, especialmente para o evento.
Priscila Lopes da Silva, mãe de João Paulo, de dois anos e meio, diz que a fase mais difícil para ela foi a da aceitação trabalhada pela psicóloga Heloísa. “É difícil entender o mundo do deficiente auditivo, pois somos preparados para viver em um mundo de ouvintes. Agora, superada a fase, faço o que posso para inserir meu filho nesse mundo. O implante já possibilitou que eu o chame e ele responda de onde estiver e, aos poucos, vai aprendendo a entender o que está ouvindo. Esses encontros diminuem nossas incertezas”, finalizou a mãe que veio de Cruzeiro para participar do evento.


Outras Notícias